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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Na busca

Nem tudo o que eu ouço, eu queria ouvir. Nem tudo pode ser dito. Mesmo assim, você me diz. Golpeia-me com palavras que dilaceram meu coração. Vivo à sombra da esperança, ancorada à fé que me ilumina, bebendo gotas minúsculas de mel que essa esperança me dá.
Por noites e noites sem rumo, eu vagueio em meus sonhos, sempre procurando um canto onde eu possa descansar. Onde a dor não me alcance, onde a paz interior me inunde. E nessa busca incensante pelo ar pra respirar, pela sombra pra descansar, sinto um abraço da vida que me permite ficar.
Fosse eu uma flor, buscando água, tão somente. Fosse eu o mar, querendo apenas tocar a praia. Mas sou mais que isso. Sou um grito que sufoca a alma, na busca pela pele tocando outra pele, pela boca  dizendo coisas sussurradas no ouvido, o silencio querendo ser quebrado por um gemido.
 E quando me encontro com o que procuro, invento outra busca, invento outro sonho.

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