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sábado, 31 de outubro de 2015

A Procura...

Naquela manha, calçando chinelos, ela abriu a porta e saiu. Não sabia pra onde ia. Talvez, ela nem lembrasse dos lugares por onde andou. Mesmo assim ela saiu.
 Penso, que ela imaginava que chegaria ao destino desejado, ou que nem soubesse pra onde iria, ou até, estivesse sem um destino...apenas seguia o caminho que  a levava à algum lugar.
Os minutos passaram, e quando percebida sua ausência, ela já estava longe. Quadras de distância da sua casa...não sabia voltar.
Saem à sua procura, avisam um, avisam outro. Ninguém sabe dela, ninguém a viu.
Começa uma busca desesperada em possíveis lugares que ela possa ter ido, mas tudo em vão.
De repente,  a encontram. Vista por uma conhecida da família, ela observa tudo ao seu redor, um tanto confusa. Não se sabe o que passou por sua cabeça. Sabe-se apenas que se perdeu num trajeto que conhecia muito bem e que agora era como se estivesse vendo pela primeira.
Muito estranho o que o doença de Alzheimer faz com cérebro da pessoa. Rouba suas memórias e me parece que remete a pessoa à infância, deixando-na frágil e dependente. É como se os filhos passassem a ser pais da pessoa com a doença. Em todos os momentos e principalmente nesse em que passamos por isso, precisamos estar cientes de que carinho e amor, são como remédio que acalmam e ajudam a doença a não agir tão depressa.
Fé e força, sempre!



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